quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Refeição de todos os tipos.

Alunos aprendem a comer bem e mais barato !

Alunos aprendem a comer bem e mais barato
Ontem
Alunos do Agrupamento de Escolas de Alvide, Cascais, trocam frequentemente a refeição da cantina por uma visita ao supermercado mais próximo. Criar bons hábitos com pouco dinheiro e preocupações ambientais é o objectivo do projecto "Comer Bem.com".

"Gastam mais a comer mal no supermercado, onde compram um pacotão de batatas fritas e um litro e meio de Coca-Cola e ficam almoçados, do que na cantina, onde têm uma refeição completa, muitos a custo zero", afirma a professora Ana Costa, uma das coordenadoras do projecto, juntamente com a colega Ana Vilas-Boas.

No diagnóstico que fundamenta o projecto, as docentes apontam "grandes falhas" no agrupamento no que diz respeito ao consumo de produtos hortícolas e frutos e casos de obesidade "em vários alunos", constatando ainda que "hábitos alimentares errados e má gestão financeira das famílias parecem estar interligados".

Assim, na disciplina de Área de Projecto, duas turmas do 12.º ano e outra do 9.º começaram na última semana a receber formação em diversos temas: alimentação saudável e distúrbios limentares, gestão financeira e educação e sustentabilidade alimentar.

No final do ano lectivo, pretende-se que os estudantes envolvidos, mais de 40, transmitam as competências adquiridas aos colegas do 1.º ciclo, e que, por outro lado, se tornem também agentes activos junto dos familiares, influenciando-os nos seus hábitos de consumo.


Ao longo do projecto, os alunos vão aprender a analisar rótulos de embalagens de alimentos, pesquisar receitas saudáveis, elaborar menus, fazer compras económicas, confeccionar comida e elaborar um livro de receitas, entre outras actividades.

Ana Costa sublinha ainda a importância da parte financeira do projecto, já que a maioria da comunidade educativa provém de uma "classe média bastante baixa".

"É muito importante ensinar a cuidar da saúde e do bolso, não apenas para os alunos com mais dificuldades, mas para todos", conclui.